quarta-feira, 9 de setembro de 2009

"Não tem nome"

Sou a paz isolada, no meio do nada
Escondido do futuro, impiedoso e duro
Sou o impossível, fraco e sensível
A cada passo, frio e escasso

Sou uma teoria, que outrora reconhecia
A frágil solidez, entre a riqueza e a escassez
Sou âncora do passado, ainda mal parado
Um velho farol iluminado pelo sol

Vindo do nada, levado por tudo
Conquistado pela coragem
Domado pela miragem

De todo o silêncio mudo
Vivo reflectido num espelho
Meu rosto, sério e velho.


De: André Brandão