Leve por um bocado
Porque me sinto odiado
Porque vivo obcecado
Porque me vejo assim
Porque sou descontrolado
Porque cresci agoniado
Porque se riem de mim
Sou o que sou porque o sou por ti
Porque um dia me transformei
Foi nesse dia que morri
Morri por ti porque me apaixonei
Ha-de ficar a imagem cravada
Numa rocha negra como carvão
De uma pessoa amada
Mas com uma enorme dor no coração
De: André Brandão
domingo, 29 de junho de 2008
Instinto Libertador
Sofrida teimosia em volta do que seria melhor para continuar. Se faze-lo, ou parar simplesmente, guardar os sonhos de miúdo na gaveta de onde os tirei, para que alguem os possa concretizar, não por mim, mas por eles. A escolha foi minha e falhei. Estava confiante da minha vontade e caí sem deixar nada para trás. Levei tudo o que me apoiou até então. Levei também o que ja tinha ficado esquecido e que por momentos surgiu em menos segundos do que aqueles que perdera a olhar a parede fria do meu quarto enquanto pensava na proxima palavra que te havia de dizer no dia aseguir. Sempre odiei viver aqui, sabendo que estás do outro lado. Mas parece que tudo o que desejo foge de mim, antes de eu sequer me aperceber que me faz falta. Vivo um sonho à muito considerado impossivel e descriminado. Mas aprendi com um monte de coisas boas e más, que só é mesmo impossivel se cruzarmos os braços à espera que o tempo traga o que de nós levou. Liga-me ao pecado, ao desejo, à superstição se quiseres, mas quero que saibas que nao sou uma alma sem rumo. Eu sou o mapa de mim próprio. Sei que caminho escolher, sei que coisas fazer e não fazer, sei quando falar e sei quando ficar calado. Não me interessa se se opõe a mim. Tracei uma rota E VOU CUMPRI-LA!
De: André Brandão
De: André Brandão
Menos um Dia
Abre-se a janela expondo o interior frio e humido da monótona solidão de estar preso aos mesmos sítios, às mesmas pessoas, as mesmas ruas, edifícios, odores, pensamentos, sentimentos. Nunca numa vida houve quem dissesse "vou mudar o que sinto para que o que sinto mude o que eu faço". Nunca ninguém se atreveu a mudar o que está certo mas que tráz incertezas, para procurar o que está certo e que assim o será sempre. O medo de arriscar, o medo de falhar é o que faz com que tudo seja sempre igual para todos. Nao deviam de haver manuais para adolescentes, pois seguem todos as mesmas ideias e não há liberdade na mente de cada um. Estão limitados a seguir a base do que aprenderam. Já pensaram em sair dessa base e criar a nossa propria "casa"? começar de novo sem destruir o que começaram? Cada um livre de o fazer como quer e como bem entende sem lançar obrigações ou restrições a ninguém. Só assim alguem pode ser realmente feliz, porque nao basta dizer que se é feliz quando essa felicidade é apenas o que sente no momento. Nem imaginamos o que pode haver por detrás do que aprenderam. Não é uma regressão, é apenas uma aprendizagem do que ficou para trás. Seguiremos todos o mesmo percurso ate ao mesmo fim, vivendo de recordações identicas a todos. Ninguém é especial, ninguém é diferente. Vivemos um dia de cada vez sem o mudar, um dia a menos.
De: André Brandão
De: André Brandão
Fim Esporádico
Saído de um pesadelo quase perfeito, de uma constante luta pelo dominio do próprio coração, uma briga infantil de à uns anos atrás.
Nasceu uma alma nova. Um ser vitreo e puro como um botão de rosa negra. Uns chamam-lhe o início, pois eu chamo-lhe o fim. O fim do início e de tudo o que de natural tinha e usufruiu. Sempre o puxaram para baixo, sempre lhe deram razões para desistir, embora verdadeiras, as razões nunca o assustaram nem o chamaram à atenção. Tinha um objectivo em mente e era tão forte o desejo de o concretizar como se vive-se numa auto-estrada sem desvios nem atalhos. Não caía nos erros fúteis de mentira e traição. Seguia uma luz igual à sua. Residía no centro do peito e só por vontade própria, a luz podia iluminar o percurso nocturno que era viver num sonho desfocado com memórias perdidas e recordações soltas do que fôra outrora uma vida. Uma prova de força e coragem em simultâneo. Tinha ideia de ser vista por entre o desespero dos outros, as lamentações excessivas do quão importante era para elas o orgulho e ambição de ter valor sem sentir prazer, o prazer da satisfação pessoal, pois não precisava de saber que era reconhecido como tal, por tal feito, mas sim saber que a luta é infinita e que não foi em vão o esforço e dedicação neste jogo das escondidas que é a vida.
De: André Brandão
Nasceu uma alma nova. Um ser vitreo e puro como um botão de rosa negra. Uns chamam-lhe o início, pois eu chamo-lhe o fim. O fim do início e de tudo o que de natural tinha e usufruiu. Sempre o puxaram para baixo, sempre lhe deram razões para desistir, embora verdadeiras, as razões nunca o assustaram nem o chamaram à atenção. Tinha um objectivo em mente e era tão forte o desejo de o concretizar como se vive-se numa auto-estrada sem desvios nem atalhos. Não caía nos erros fúteis de mentira e traição. Seguia uma luz igual à sua. Residía no centro do peito e só por vontade própria, a luz podia iluminar o percurso nocturno que era viver num sonho desfocado com memórias perdidas e recordações soltas do que fôra outrora uma vida. Uma prova de força e coragem em simultâneo. Tinha ideia de ser vista por entre o desespero dos outros, as lamentações excessivas do quão importante era para elas o orgulho e ambição de ter valor sem sentir prazer, o prazer da satisfação pessoal, pois não precisava de saber que era reconhecido como tal, por tal feito, mas sim saber que a luta é infinita e que não foi em vão o esforço e dedicação neste jogo das escondidas que é a vida.
De: André Brandão
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