A ti, amor
Que me apartas-te da liberdade
A ti, luz
Que me cobiças-te as noites
A ti, céu
Que me escondes-te a alma
A todos vós
Que nunca deixaram de ser
Que caminham sem ver
A todos os que me deixaram viver
E me fizeram esquecer
Que nunca estamos sós
A todas as coisas que nunca serão esquecidas
E àquelas que já esquecemos!
De: André Brandão
domingo, 26 de setembro de 2010
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Velha Casa de Verão
Sinto a porta abrir
Como casa onde moro
Entro
Olho as paredes vazias
Onde outrora estavam fotos de colegas e amigos
De todos os que por ali passaram
Em criança, todos tínhamos o nosso refugio, o nosso esconderijo
Era o quarto de hospedes de todas as recordações
De todas as manhãs
Pernoitavam eternamente, completava-nos quando nos sentíamos vazios
Era a casa de verão
E todos os dias, recebia visitas
Ao som do rio, recebia a leve brisa fresca das serras
Que fazia silvar pacificamente a nogueira
Certamente nos vira a todos por lá passar
Tantas vozes que ainda ecoam nas paredes da casa
Risos eufóricos
Gargalhadas incontroláveis
A presença de todos os fieis viajantes da vida
Nas suas memórias, acredito que ainda estejam
Solitárias
As caras daqueles que o tempo não levou
E em paz
Naquela casa
Dormem livres
Para sempre...
"No me hubieras dejado esa noche,
porque esa misma noche encontré un amor"
De: André Brandão
Como casa onde moro
Entro
Olho as paredes vazias
Onde outrora estavam fotos de colegas e amigos
De todos os que por ali passaram
Em criança, todos tínhamos o nosso refugio, o nosso esconderijo
Era o quarto de hospedes de todas as recordações
De todas as manhãs
Pernoitavam eternamente, completava-nos quando nos sentíamos vazios
Era a casa de verão
E todos os dias, recebia visitas
Ao som do rio, recebia a leve brisa fresca das serras
Que fazia silvar pacificamente a nogueira
Certamente nos vira a todos por lá passar
Tantas vozes que ainda ecoam nas paredes da casa
Risos eufóricos
Gargalhadas incontroláveis
A presença de todos os fieis viajantes da vida
Nas suas memórias, acredito que ainda estejam
Solitárias
As caras daqueles que o tempo não levou
E em paz
Naquela casa
Dormem livres
Para sempre...
"No me hubieras dejado esa noche,
porque esa misma noche encontré un amor"
De: André Brandão
Querida Vida...
...escrevo para te dizer como os tempos têm mudado
Como o vento se deixou de sentir pela manhã
Como as estradas mais movimentadas, são agora passeios da solidão
Voltei porque me sinto diferente
Porque o tempo não me deixou para trás
Porque não sou mais alma silenciosa, no pesado e frio inverno
Nos murmúrios das pessoas, encontro abrigo
Sem me sentir usado, inanimado
Sem fazer ruído, passeio de mãos dadas com a lua
Percorremos todos os trilhos rodeados de ciprestes
Mas nada como dantes...
O calor da tarde não traz a alegria do costume
Não me traz as recordações envoltas em algodão doce
Não são da cor que esperava que fossem
Perdi o sentido
Perdi a vida
Sou de pedra
E assim me vêm
Quieto, sossegado, indiferente...
E nos tempos que correm
Tenho que te dizer
Vida,
sou bem mais feliz assim...
De: André Brandão
Como o vento se deixou de sentir pela manhã
Como as estradas mais movimentadas, são agora passeios da solidão
Voltei porque me sinto diferente
Porque o tempo não me deixou para trás
Porque não sou mais alma silenciosa, no pesado e frio inverno
Nos murmúrios das pessoas, encontro abrigo
Sem me sentir usado, inanimado
Sem fazer ruído, passeio de mãos dadas com a lua
Percorremos todos os trilhos rodeados de ciprestes
Mas nada como dantes...
O calor da tarde não traz a alegria do costume
Não me traz as recordações envoltas em algodão doce
Não são da cor que esperava que fossem
Perdi o sentido
Perdi a vida
Sou de pedra
E assim me vêm
Quieto, sossegado, indiferente...
E nos tempos que correm
Tenho que te dizer
Vida,
sou bem mais feliz assim...
De: André Brandão
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