quinta-feira, 26 de março de 2009

Sonhos não nêm forma

Eras a marezia e eu pintava-te do parapeito da janela.
Eras o nevoeiro matinal.
Eras tudo o que tinha na minha tela
Gotas de água que brilhavam como cristal.

Tentei desenhar uma nuvem
Tentei ver-te nela
Era uma nuvem sem forma
Um espelho que não reflectia

Acordei tarde para o trabalho
Larguei a ilusão e lavei a cara
Levantei a cabeça e olhei em frente...

Afinal, ainda te consigo ver no espelho...
Afinal, ainda não acordei.


De: André Brandão

Nenhum comentário: