sexta-feira, 11 de junho de 2010

O Fim é Sempre o Mesmo

Quando descemos as escadas
Sabemos que havemos de lá voltar para as subir de novo

Quando dizemos adeus a alguém
Sabemos que um dia havemos de dizer olá

Quando nos arrependemos do que fazemos
Sabemos que podemos pedir desculpa
Mas não o fazemos!
E não podemos voltar atrás

Eu não era assim
Não sou o que vêem
Hoje arrependo-me de ter mudado
De ter petrificado a minha presença
De não existir para aqueles que me precisaram
Deixei de ser útil
Mesmo para quem ainda via em mim abrigo

Escrevo por isto
Escrevo memórias
Escrevo
Mas sei que nada me vai trazer de volta
Aquilo que eu fui

Nada vai trazer-me de volta!


De: André Brandão

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