sexta-feira, 11 de junho de 2010

Quando o Corpo Grita Sem Alma

Adorava lembrar-me do tempo que cobre as nossas pegadas
Desde a primeira palavra que marcou o início
Desde a noite em que vi em ti o mundo

Ainda o vejo, mas não te vejo mais a ti
Teu corpo ausente, deixou a tua presença em mim
Abandonou a casa que construímos juntos
Perto do mar
Onde todas as manhãs deixei uma palavra doce
E pedi que te fosse entregue assim que partisses

Adorava lembrar-me dos teus olhos ao sol
Desde o dia que a minha alma me deixou em Terra
Desde que me lembro de dizer "És minha"

E sem precisar de uma resposta
Fechar os olhos e guardar-te no peito


De: André Brandão

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